Papo de bebê

Sábado, foi aniversário de 90 anos do Seu Ricardo, avô do Edu. Na verdade, não sei se no próprio sábado ou alguns dias antes, mas a festinha pra família foi no sábado.

Edu tem um primo alguns anos mais velho, que já era pai de duas meninas e agora, teve mais uma, Luana. Ela tem 8 meses.

Normalmente, eu não chego muito perto de bebês, porque os com quem tenho contato, não costumam ser de pessoas lá muito próximas e, imagino, ninguém deve gostar de gente com quem não se tem intimidade paparicando seu bebê.

Mas, como esse primo do Edu e a esposa são muito tranquilos, não senti nenhuma vergonha de babar em cima dela hehehe

Apesar de eu não querer ter filhos, sempre fui super fã de bebezinhos até 2 anos. Depois, meu interesse diminui até os 9 anos, quando eu fico babona de novo, até os 13. É engraçado, eu gosto de crianças em fases específicas (embora de 9 a 13 anos, seja pré adolescência já).

Claro que o povo fica “ai, você não tem cosquinha de ter o seu?”, ao que eu respondo educadamente “claro, claro, um dia (de São Nunca!)” mas eu nem ligo, porque bebês são muito fofos.

Uma coisa que eu me peguei observando – e o motivo para eu trazer isso ao blog – é a maneira que a criança ouvinte desenvolve a linguagem. Primeiro, eles repetem sons o tempo todo. E, embora não formem palavras e não façam sentido para nós, na cabeça delas deve ser um exercício importantíssimo. E isso deveria ser aplicado para quem ficou muito tempo sem ouvir e agora ouve por Implante Coclear. É claro que não é  a mesma coisa e soa absoltamente ridículo um adulto ficar de “la  la la la la” “nha nha nha nha”, mas esse tipo de repetição ajuda muito na fixação dos fonemas. Minha fono, a Aline, diz que bebês só fixam um fonema quando ele se torna capaz de repetí-lo corretamente. E eu realmente só consigo fixar um determinado som, depois de ouví-lo repetidas vezes. Uma pena que a gente não tenha a mesma oportunidade de treinar voz e audição 24hs por dia, sem se sentir envergonhado!

Sei que deve soar esquisito eu comparar a minha situação com o aprendizado de um bebê, mas é que realmente estou reaprendendo a ouvir com clareza e naturalidade, através do implante.

Além do mais, fiquei encantada, afinal foi a primeira voz de bebê que eu ouvi depois de implantada (devo ter ouvido antes, mas não prestei atenção). E, de tanto ela repetir dadas sílabas, percebi que ELA, eu entendia muito bem hahaha

No mais, olha só que bonitinha

Beijinhos sonoros,

Lak

24 Resultados

  1. Armando disse:

    Bem, tenho passeado pouco por este blog, mas hoje deparei com um tema de meu interesse. Estou a um mês de meus sessenta anos, idade oficial para a velhice no país, e ainda não pude ouvir: – Vovô!… Digo isso como uma realidade já bastante firmada, e sem dor. Mas claro esta postagem de hoje fez reacender um desejo guardado a sete chaves. A analogia do aprendizado da fala e de sua sonoridade deu-me a idéia de sugerir a companhia de um bebê (talvez emprestado por uns meses, ou alugado, adotado, produzido por vias naturais, enfim não importa a origem ou o vínculo, só uma espécie de professor incansável, talvez um pouco cansativo, mas que não desiste, que evolui com rapidez extraordinária, na fala, no gestual, no crescimento e por fim no vínculo natural que os bebês, mais do que ninguém conquistam em nossos corações. Fica a Dica (ou será insinuação?!) Beijos.

    • Avatar photo laklobato disse:

      Pois é, mas em mim, não acendeu qualquer vontade de ser mãe. Bebês podem ser interessantes, na medida que eles NÃO dependam de mim pra nada. E eu jamais teria filhos por conta das necessidades de outras pessoas. Sou assumidamente egoista nesse ponto. E as pessoas não costumam emprestar os filhos, não é mesmo? Então, sua dica não vai poder ser aproveitada.
      Mas, não perca as suas esperanças. Afinal, eu não sou filha única.
      Beijocas

  2. Simone Bernardo disse:

    Que fofuxa!!!!!….. 😀

  3. zuleid disse:

    É assim mesmo! Aqui no consultorio eu fico “balbuciando” pros bebês e eles morrem de rir e ficam tentando repetir! Beijos Lak!

  4. Marcela Cordeiro disse:

    Que menina mais linda!
    Fofa!
    Sou doida pro bebês, se eu vejo um, vou la babar e pegar no colo, na maior cara de pau, mesmo não sendo muito amiga da pessoa.kkkk
    Olha, eu sou pedagoga, quando fiz estagio em varias escolas, as que mais me fez “apanhar” pra entender as falas das crianças foram as de dois anos, porque as de um aninho, fala somente palavrinhas fáceis: Pai, mãe, bola, dodói, au au, essas coisas. E a criança de 2 tenta formar uma frase e sai tudo enrolado: Pai kelu uma baínha, podi copa pa mim? (Pai quero uma balinha, pode comprar pra mim?) E eu sempre pedindo pra criança repetir,iúmeras vezes eu sofria! Mas em compensação, essas crianças, eram super pacientes, repetiam na boa e no final, riam com a “Tia”.kkk
    Já as de 3 pra cima são tranqüilos, entendo melhor, essas crianças de 2 aninhos que peguei foi em um estágio de educação infantil. Mas amei, foi um desafio muito grande e prazeroso pra mim, aprendi a conviver e buscar entender melhor como as crianças falavam.
    Bem, um super beijo!

    • Avatar photo laklobato disse:

      Pra nós, essa convivência com criança acabada ajudando a entender melhor como funciona a aquisição da fala, né? Não sei pq as pessoas acham que basta botar um aparelho ou implante que se ouve normalmente. A criança leva um bom tempo aprendendo.
      Beijinhos

  5. Maíra disse:

    Vou dar uma de chata: poxa, vc e Edu podiam dar um filhotinho pro blog! rs rs rs

  6. Eliane disse:

    Lak, antes de qq comentário quero dizer que AMO a sua convicção!
    vc tem a plena consciência que um bebe é lindo mas não pra ser seu.
    Bom, mas outro detalhe o aprendizado depende da repetição, a gente esquece pq vira adulto mas, no aprimoramento esta implicito repetição
    seja de um exercicio físico pra atingir seu ponto estético, seja outra língua que estamos aprendendo, as vezes até um bolo que na primeira vez não sai tão bom mas depois a receita fica primorosa e o resultado explendido.
    Vc é intensa em seu processo de descoberta . 😉
    E, quanto a bebes, se o “ser humano”num geral percebesse que não é só te-lo pra satisfazer o desejo de alguém ou provar alguma capacidade feminina/masculina, a qualidade de ser humano no mundo estaria em melhores condições, horrivel né? mas infelizmente verdadeiro…
    bom mas tb sei que isso é apenas um ponto de vista, pessoal, intransferível. beijinhos carinhosos, barulhentinhos ( splashsplashsplash) 🙂 e adocicados 😉

    • Avatar photo laklobato disse:

      Minha fono estava falando que os exercicios mais bestas e ridiculos são essenciais e que isso é difícil das pessoas aceitarem.
      Mas, pra nascer de novo, não dá pra começar adulto, não é?
      Beijos

  7. Eliane disse:

    Só esqueci de um aspecto super importante…de dizer o quanto essa bebe é lindinhaaaa!

  8. Mariana disse:

    Owww! A Luana é fooofa mesmo, bem buchechudinha! Ela deve ter visto o teu IC com a maior curiosidade e quis pegá-lo para si, hohoho.
    Eu também adoro bebês! É verdade isso que aos 2-3 anos é mais difícil de entender as crianças (meu namorado tem 7 sobrinhos e eu uma! ahah), PRINCIPALMENTE quando tá chorando ou braba com alguma coisa, eu fico quase careca tentando entendê-las, me dá um desespeeero… 😛 A minha sobrinha às vezes fala sem voz pra mim, pra eu ler apenas os lábios. Ela adora isso, ahah.

    Bjs, Lak. E um aperto nessa lindoquinha da tua prima!

    • Avatar photo laklobato disse:

      Pois é, tem uma idade que fica difícil ler lábios mesmo. Eles falam enroladinho. Mas, não deixam de ser fofos por isso!
      Mas, a Luana é curiosa com tudo, como típico bebê de 8 meses. Ela lambeu os óculos do Edu tb haha
      Quanto a sua sobrinha, é muito fofo da parte dela ter essa cumplicidade com você, falando sem voz. Adoro essas meiguices de criancinhas.
      Beijinhos

  9. Rogério disse:

    Tenho um carinho especialíssimo por crianças, e nunca perco a oportunidade de brincar com elas. Às vezes percebo alguns olhares de reprovação por parte de pais e mães que nunca vi, mas acho que isso é um problema deles. Achei interessante o paralelo que você traçou entre o processo de aprendizado de uma criança e o às vezes reaprendizado dos implantados. Parece-me que tem tudo a ver, porque em ambos os casos envolve signos, apreensão, relação, repetição, além daquela velha lei anti-Murphy que diz ‘a prática faz a perfeição’.
    No tocante à sua opção/convicção, obviamente não compartilho (minha prole vai dos sete aos 26), mas também obviamente respeito, como deve ser. Beijão.

    • Avatar photo laklobato disse:

      Mas, o que eles fazem é o que a gente deveria fazer, porque é pela repetição infindável que o cérebro fixa a informação. O problema é que a gente adquire uma vergonha imbecil e ocupa demais a mente com coisas desnecessárias e não consegue mais tão rapido hehehehe
      Sobre filhos, não contra pessoas terem filhos, apenas não quero pra mim, só isso. Quem quer e pode, deve ter um monte (obviamente, sou contra pessoas terem filhos para maltratar, negligenciar e até vender, o que acontece, mas isso é extremismo tb)
      Beijinhos

  10. Kali disse:

    Lalalalala

    Nhanhanhanha

    Kakakakakaka

    Babababababa

  11. Greize disse:

    Acho super compreensivel sua vontade, nem tda mulher tem dom p/ ser mãe.Não sei pq o povo fica tão assutado, tem mães horriveis ai.Para colocar filho no mundo, e nesse mundo que estamos tem que pensar mto e querer!!Mto linda ela, babo no meu sobrinho ta trocando o dente,e agora não posso entrar no banhiero com ele tomando banho pq???”Tia não sou mais nenem sou homem” , acabou de fazer 6 anos.Ah! então tá!!!kkkkkk.Me divirto!!!! 😎 😛

    • Avatar photo laklobato disse:

      Pois é, se quem fala que não quer ter filhos fosse respeitado em vez de constantemente cobrado, talvez a qualidade de seres humanos fosse melhor, vai saber….
      Hahhahaa respeite o banheiro dos meninos, tia Greize!
      Beijos

  12. Mariana disse:

    Pois é. E quando a pessoa diz que não quer ter filho, outra pessoa fica assustada, procurando algo errado nela… eu, hein. Eu já presenciei isso, tenho duas amigas que adoram crianças, mas têm plena convicção de que não querem ter filhos. E a vida é delas. 🙂

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