Acessibilidade para surdos oralizados e as polêmicas

Imagem de uma passeata antiga, dos tempos da ditadura, com um grande numero de pessoas. E uma faixa aplicada com as palavras #acessibilidade #SurdosOralizados e imagem do logo do twitter (desenho de um passarinho azul) segurando uma placa escrito "twittaço"

Continuando a saga da nossa luta pró acessibilidade em bancos, empresas e mais um montão de coisas. O que temos observado, ao longo dessa semana que nos mobilizamos para debater, além de acessibilidade, a divulgação do nosso grupo de  surdos oralizados, é que falar de deficiência auditiva sem focar na Libras é quase cometer um crime.

Veja bem, a nossa luta não invalida a luta de quem usa Libras. Em momento  algum falamos contra ela. Só dizemos que ela não contempla as necessidades de todo e qualquer deficiente auditivo. E que surdos oralizados existem e que precisam de acessibilidade. Boa parte das coisas que pedimos  servem para todos os deficientes auditivos, a revelia se são oralizados, sinalizados, bilingues ou bimodais. Se são surdos adquiridos ou congênitos. Se são pré, peri ou pós linguais.

Mas, damos ênfase no grupo de surdos oralizados justamente porque nosso grupo tem pouca divulgação e muita gente nem sabe que existimos. Daí, quando se depara com um surdo oralizado, acha que é um caso raríssimo e por isso, nem deve ser considerado como um grupo que precisa de acessibilidade. Ou acha que não precisamos de nada, já que “estamos tão bem”. Divulgamos o grupo junto com a solicitação de acessibilidade, estamos aproveitando o gancho apenas para debater dois assuntos relevantes…

Só que, durante essa divulgação, aparece um monte de gente reclamando como se falar de surdos oralizados fosse crime. Como ousar falar sobre deficiencia auditiva sem focar na Libras fosse uma ofensa. Veja bem, não estamos falando contra ela, ninguém disse que é desnecessária ou dispensável. Apenas estamos dizemos que nem todo deficiente auditivo se comunica através da Libras somente.

Mais de uma vez, me vi discutindo com alguém que dizia que surdos oralizados não existem. Ou que é um absurdo essa divisão entre os grupos de deficientes auditivos. Ou até falando mal da oralização. Sendo que nossa luta em momento algum fala mal da Libras. Nós reconhecemos a importância da língua de sinais, achamos ótimo que a Lei da Libras esteja em vigor. Sabemos que é fundamental que haja acessibilidade através dela e que é preciso ter interprete em todos os lugares públicos. Mas, ainda assim, os surdos oralizados existem e precisam de acessibilidade também.

O problema maior, talvez, seja o fato das pessoas esquecerem que deficiência pode ser adquirida. E em qualquer momento da vida. Que uma pessoa pode perder a audição de uma hora pra outra. E que talvez não queira aprender outro idioma – sim, porque a Libras é um idioma inteiro, não apenas uma outra forma de comunicação – porque já tem uma língua base.

Teve alguém que me acusou de discriminar os outros surdos e disse que era crime. Respondi que falar de um grupo não invalida o outro. Não negamos que existem surdos que preferem ou só usam Libras, só estamos dando foco no nosso grupo simplesmente porque ninguém o conhece.

Outro foi dizendo: “Surdo oralizado são minoria, então vocês não podem se pautar em vocês”. Simplesmente respondi: “Só porque somos minoria não temos o direito de existir? Nem de reinvindicar o que precisamos?”.

Será mesmo que é tão ofensivo assim falar de surdez sem falar também de Libras? Será que pedir para as necessidades de surdos que falam somente português é tão prejudicial à luta do outro grupo assim? Por que é tão importante invalidar a nossa existência? Por que é tão importante tentar homogenizar os deficientes auditivos e impor à Libras aos oralizados? Essa imposição soa menos injusta que forçar um surdo sinalizado a falar oralmente ou impor o português a eles, por quê?

Não seria mais fácil admitir que existe dois grupos com necessidades distintas, promover acessibilidade a ambos e coexistir em harmonia, sem que as necessidades de um grupo se sobreponha às necessidades do outro grupo?

Tenho certeza que o mundo é grande o bastante para ter espaço suficiente para ambos!

Beijinhos

Lak

 

43 Resultados

  1. Raul disse:

    Realmente não dá pra entender isso. Eu só vejo o grupo dos sinalizados nos agredindo a todo custo. Basta ver os vídeos no youtube sobre IC. Fico tentando me imaginar aqui: por que a nossa existência os incomoda tanto?

    Nossa luta pela acessibilidade CONTEMPLA todos os deficientes auditivos e eles deveriam entrar nesta luta também, mas ao invés de entrarem e nos apoiarem, ficam nos criticando.

    Será que aqueles que nos criticam sabem que houve o Forum de Acessibilidade da ANATEL com participação dos surdos bilingues e sinalizados, e ignoraram os surdos oralizados? Isso pra mim configura como crime de discriminação – como podem permitir que se discuta formas de acessibilidade aos surdos sem ouvir uma das parcelas interessadas que são os surdos oralizados?

    Mas sabemos que uma andorinha só não faz verão e vamos conseguir provar a nossa existência!

    • Avatar photo laklobato disse:

      Esse forum que teve na ANATEL é um absurdo. Cadê a representação dos oralizados? Enfim…

      Lembrando de um poeminha que vi na escola… Acho que de uma professora primaria, nem sei:

      “Uma só andorinha não faz verão.
      Mas pode fazer muito barulho se quiser.
      Uma só andorinha não faz verão.
      Mas pode formar um bando de andorinhas”

      hihihi
      Beijos

  2. SôRamires disse:

    Surdo oralizado é minoria? Não tenho dados para discutir isso, mas se existem devem ser respeitados.
    Por isso mesmo no manifesto Sulp preferimos usar “surdo usuário da língua portuguesa” para incluir a todo e qualquer surdo (inclusive os que usam libras e português, quem nasceu surdo ou quem ficou surdo depois de ter sido ouvinte).
    Se vamos discutir quantos somos, os SULP (que inclui os oralizados e os pós linguais) são maioria sim senhores: são os ensurdecidos, os que têm próteses no estribo, os que são implantados, os que usam aparelhos auditivos, etc e tal
    E eu nunca me meti em site ou grupo de libras para falar mal, mas o contrário sempre acontece. Quando estamos discutindo nossos problemas de oralizados ou sulp sempre tem alguém da turma de libras dando palpite errado. E também gente agredindo implantados.
    O PIOR É QUANDO PROFISSIONAIS DE FONO OU DE LIBRAS VÊM COM O PAPO FURADO DE QUE TODO SURDO TEM QUE SABER LIBRAS!!!!!
    Quero aprender um único sinal: vá à merda!
    Não podemos nos restringir a quem nasceu surdo…a surdez pode ocorrer por acidente, doenças, etc…assim como outras deficiências. 😯 😯 😯 😛 😛 😛 😈 😈 😈

    • Avatar photo laklobato disse:

      Também tenho minhas dúvidas quanto a isso, mas quer saber, tanto faz. Mesmo que fôssemos, ainda teríamos o direito de brigar pelo que precisamos, não?
      Beijos

  3. Mariana disse:

    Parece que eles têm é medo… medo de perder, acho. Não perder pra nós, mas perder algo na luta deles. Não sei. Mas que custa se juntar a nós, né? Estamos falando de acessibilidade, temos que lutar juntos assim como com deficientes visuais, físicos, etc! O que acontece é que muitas vezes somos esquecidos e temos que dar um basta nisso. Entre sinalizados e oralizados, temos necessidades bem distintas, sim, mas nem por isso é motivo de briguinha mesquinha. Não dá para nos respeitar? Eu, hein. E daí que somos uma minoria? Surdos oralizados também o são.

    E é engraçado, as pessoas falarem isso pra você, enquanto que você tem alguns posts por aí defendendo que é possível colocar LIBRAS + legendas (o que não deixa de ser verdade). Esse povo nem te conhece mesmo, viu?

    • Avatar photo laklobato disse:

      Não, o povo não se dá ao trabalho de me conhecer antes de julgar. Julga apenas que tô falando contra algo que eles acreditam, não que defendo algo que preciso… Um porre. Beijos

  4. Mariana disse:

    Que lindo o teu poeminha, Lak. Podia ser o poema para a associação. 🙂

    • Avatar photo laklobato disse:

      Não é meu, vi no mural da escola (escola, pra você imaginar quantos milênios deve fazer, eu ainda era estudante hehehe)… Mas poderíamos usar sim hehehe
      Beijos

  5. Luane disse:

    Bem, eu ja conheci surdos que… eram oralizados e sabiam Libras, conheci surdos que só sabiam a Libras, conheci surdos que são eram oralizados…. e conheci surdos que não tinham lingua nenhuma…

  6. Mônica disse:

    Gente, não é medo de perder até pq isso não é uma luta ( eu acho ).
    Pelo que vivo diariamente e constato falta claramente informação…mas falta também aproximação de ambos os lados.
    O INES realizou um Forum para discussão de seu PPP- Projeto Político Pedagógico – e me chamaram para falar sobre IC aos funcionários, profissionais, pais e alunos ( confesso que a vontade foi de sair correndo …brincadeirinha )e foi muito bacana o retorno que tive..apesar do tema ainda ser bastante delicado por lá. Dessa vez a aceitação foi bem melhor do que antes e considero isso uma conquista.
    O Raul sabe, pois já foi lá falar para os profissionais e fonos da Educação infantil.
    Se vocês estiverem dispostos a passar por cima de algumas coisas chatas que acontecem ( Eu sei ! Eu sei..e é dificil isso ) e quiserem apoio do INEs tenho certeza que a Diretora poderá recebê-los…orientá-los.
    O que precisarem de mim podem contar. Transito nos “dois lados” e vejo claramente que pode haver uma união aí sim…
    Beijos queridos…
    Mônica

    • Avatar photo laklobato disse:

      Não somos contra a união, Mônica. Mas, acontece direto de quando queremos debater deficiencia auditiva, a LIBRAS já entrar na pauta e a conversa empacar nela, porque ninguém aceita falar de outra coisa. Complicado isso! Ela é importante, mas não é a única coisa que precisa ser debatida. Não é sinônimo de deficiência auditiva… Será que é tão pecado assim ousar falar que existe surdo que só usa português? Que só fala oralmente? Que lê lábios? Tenho ouvido (licença poética) cada coisa quê… vou te contar, viu?
      Beijos

  7. SôRamires disse:

    Mônica,penso que na verdade os surdos oralizados não precisam de orientação do INES, porque há anos pessoas surdas oralizadas e outros profissionais pesquisam sobre ajudas técnicas e acessibilidade. Os surdos implantados são ótimos para explicar o tema. Ex.: Anahí, Raul, Lak e muitos mais.
    Eu sou surda pós lingual (então minha oralização ocorreu como nas crianças ouvintes: ouvindo e falando) e participo de associação de hipoacúsicos na Argentina, onde aprendo muitas coisas que traduzo para nosso blog Sulp.
    Acho que enquanto alguns insistirem na chamada “cultura surda”, “orgulho surdo” etc achando que os demais surdos são falsos surdos fica difícil trabalhar juntos. Eu de fato não tenho vontade e interesse em aprender libras porque 100% dos meus amigos são ouvintes ou surdos usuários da língua portuguesa. Quero acessibilidade pra tocar minha vida sem tantas barreiras, só isso.

    • Avatar photo laklobato disse:

      Sô, a Mônica não falou nesse sentido… Ela falou de unir forças mantendo os dois grupos com suas características individuais. Apenas união no sentido de, quando for solicitar alguma coisa pro governo, estarem os dois grupos representados. Pelo menos, foi o que entendi.
      Beijos

  8. Andrea Prado disse:

    Lak,
    Perfeita sua colocação, não tenho muita informação a respeito.
    Mas respeito que cada um escolha a melhor forma de se comunicar e viver a sua vida. Escolhendo ou não aprende, usar, permitir, qualquer coisa.
    Eu perdi a audição faz pouco tempo, por conta de uma infecção generalizada, mas eu sempre falei.rsss, e como uso aparelho o estudo da libras por em quanto não se fez necessário em minha vida…mas quem sabe no futuro..porém essa escolha cabe a mim…
    Beijos,
    Déa Prado.
    http://www.semespacoparalamento.blogspot.com

    • Avatar photo laklobato disse:

      Andréa, bem isso. Sua escolha, no momento que lhe convier…
      Mas, enquanto você preferir não usar LIBRAS, que tenha seus direitos à acessibilidade garantidos por lei e colocados em prática. Beijos

  9. Mônica disse:

    Oi Lak ! Que bom que vc me compreendeu 😉 .O objetivo é esse mesmo: “…unir forças mantendo os dois grupos com suas características individuais”, pois a surdez é um só. Os tipos, escolhas e caminhos é que são diferentes e acredito que temos que respeitar isso.
    SoRamires falei do INES, pois como Centro de Referência Nacional na área da surdez por ser o único Instituto Público Federal ligado ao MEC, temos como intermediar e orientar como fazer chegar ao MEC ou outro Minsitério as reivindicações.Estamos sempre em contato direto com o gabinete do Minsitro e isso, penso eu , tornaria a aproximação mais rápida…apenas isso. Respeito sua opinião no que se refere a -“cultura surda”, “orgulho surdo” e etc achando que os demais surdos são falsos surdos – só acho que não são todos aqueles que usam a Libras que pensam assim e temos que ter cuidado para não generalizar.
    Enfim..fica aqui a sugestão sabendo que podem contar comigo se precisarem realmente de algum tipo de ajuda para isso.
    Beijos…

    • Avatar photo laklobato disse:

      Poucos minutos de conversa com você mostram bem a sua opinião, portanto, entendi perfeitamente a sua colocação. Afinal, pensamos igual nesse ponto. Beijos

  10. Diogo disse:

    Francamente fiquei perplexo depois de ler esta postagem porque a história de o grupo dos surdos sinalizados repetindo a reclamação está me cansando. Falo sério. Gostaria de salientar uma coisa para vocês, não sou mais aquele cara que vocês conheciam nos outros tempos em que a comunidade de surdos oralizados no orkut tinha conflitos históricos. Porque com o passar do tempo eu passei a conhecer de forma externa a questão de quem não escuta independente da característica identitária. E inclusive fiz várias amizades em situações diferentes. E inclusive resgatei o que eu era graças ao caminho que vocês me mostraram. Afinal, a minha conclusão é saciar a interação entre pessoas em situações diferentes mesmo com ideologias opostas em vez de produzir “brigas desnecessárias”. Voltando ao assunto sobre a acessibilidade, eu concordo com o que deveriam aplicar, visto que a Libras não pode se tornar o único foco. Esta razão pela que a maioria não usa, realmente. Apoio total para a ideia de fazer manifestação. Um forte abraço.

  11. Deborah disse:

    Eu sou ouvinte e conheço pouco o mundo do deficiente auditivo. Só posso falar como observadora. Sou a favor de tudo que faça o deficiente (qq que seja a deficiência) o mais entrosado, participativo, ativo possível com a sociedade.
    Como eu já falei para a Lak, me sinto um E.T. vendo um grupo conversar em LIBRAS. É o mesmo que ver um grupo conversar em coreado, chinês ou japonês. Me sinto apartada e não bem vinda. Como se, por não fazer parte do grupo, não fosse de nenhuma valia.
    Com a Lak, aprendi que posso sim ajudar e muito. E sem precisar aprender mais uma língua.
    Pequenas adaptações qq sociedade está disposta a fazer para integrar novos membros. Grandes adaptações – como aprender LIBRAS – só os grandes interessados se disporão e a integração será muito menor.

  12. Rogerio disse:

    Quebrei meu pé direito recentemente, e tive que usar durante pouco mais de dois meses uma bota ortopédica e um par de muletas. Foi levantada a questão do uso de cadeira de rodas mas não achei necessário, entendi que minha situação não demandava. Simples assim: não usei cadeira de rodas por opção. As muletas, além de atender com mais objetividade e eficiência minha necessidade de deslocamento, me livraram das calçadas esburacadas e da falta de acessibilidade em prédios públicos e privados, que sequer dispõem de rampas e instalações sanitárias adaptadas.
    Parece-me que a discussão sobre a Libras passa por essa questão de opção e praticidade. Para uns, é válida e até mesmo fundamental. Para outros, nem tanto, é dispensável.
    Chega a ser uma violência exigir do outro uma capacitação de que não necessita no seu dia-a-dia.
    Falo como ouvinte, então não conheço nem vivencio/vivenciei a surdez, mas noto um clima de animosidade que chega às raias do belicismo entre grupos que não deveriam existir como ‘entidades antagônicas’. Se houvesse uma única comunidade surda, a força seria multiplicada no encaminhamento de propostas e reivindicações, e os resultados falariam por si.
    Sei, lá, como disse, sou ouvinte. Desculpem se falei besteira, mas acho que está faltando respeito.

    • Avatar photo laklobato disse:

      É dificil haver uma única comunidade surda quando acham que só existe uma maneira de se lidar com a surdez. Enquanto a LIBRAS for encarada como sinônimo da deficiencia auditiva e obrigação de todo surdo aprender, não haverá sequer espaço para diálogo.
      Mas, sabe o que é pior? Nem estamos falando contra ela. Só estamos pedindo que nosso grupo também seja digno de acessibilidade.
      Beijos

  13. Bruno disse:

    Lak tenho acompanhado as discussões e não consigo entender o porque de tanta picuinha entre oralização ou não, essa é uma opção individual de cada um ou da família como no meu caso, minha filha nasceu DA e entesemos que o melhor para ela é a oralização, mas nada impede que no futuro ela queira aprender Libras, com certeza respeitara só da mesma forma. A questão da acessibilidade é para todos os DA, independentes de opção! As necessidades têm que complementarem é esse o nosso pensamento, é para isso que estamos levantando a bandeira, é muito egoísmo pensar que os oralizados são minorias e por isso tornam-se invisíveis!!!

    Bjs

    Bruno

  14. SôRamires disse:

    Gente, acho que isso de falar de libras quando nosso foco é o surdo oralista, oralizado, é uma forma de nos desgastar, de nos cansar. Vou tentar não discutir mais libras que não é minha praia, meu foco é a língua portuguesa e vamos ver se seguro minha impaciência. 😯

  15. Maíra disse:

    Sobre a questão de sermos ou não minoria, eu acredito que somos minoria, sim, mas isso não importa. Dada a nossa existência já temos motivo de lutar pelos nossos direitos. Não é pq somos minorira (em tese) que devemos nos calar. Vamos aproveitar essa oportunidade para não deixar bater batido.
    bjs,

  16. Rogerio disse:

    Falei em respeito lá em cima, e lembrei-me agora de algo: meu filho é fã da Turma da Mônica, e tem muitos DVDs. Ontem, feriadão, ele botou pra rodar (pela enésima oitava vez) o DVD CineGibi, em cuja página inicial de opções constava SEM LEGENDAS, COM LEGENDAS EM INGLÊS, COM LEGENDAS EM PORTUGUÊS, COM LINGUAGEM DE SINAIS e COM LEGENDAS EM PORTUGUÊS E LINGUAGEM DE SINAIS.
    Maurício de Sousa é o cara.

  17. Simone disse:

    Lak, por que tem dúvidas de que a deficiência auditiva adquirida por nascença é uma minoria? Eu sou surda de nascença – foi rubéola da minha mãe – eu acredito em que não são poucos surdos de nascença. Mas, Lak, com o tempo, com essa internet, observei que muitos ouvintes perderam a audição!
    O importante é procurar apoiar neste sentido ao respeito da diversidade no mundo surdo – sinalizados e oralizados. Eu pertenço à turma dos oralizados, pois a oralização traz muitos benefícios!
    Beijos.
    Simone. 🙂

    • Avatar photo laklobato disse:

      Pois é, nem tem o que discutir. Existe oralizado de nascença e oralizado adquirido. Logo, existimos e precisamos de acessibilidade e fim de conversa. Beijinhos

  18. Allan Marques disse:

    Bobagem isso! Cada um tem seu direito! Quem gosta de Libras, quem não gosta..né? Tem que respeitar um ao outro.O surdo pode ser sinalizado e oralizado ao mesmo tempo..e ponto final! 🙂

  19. Renata disse:

    oi Lak, passei aqui para te contar que contratei uma surda oralizada na nossa empresa, foi tudo sem buscar o deficiente, ela veio respondendo uma vaga técnica que eu divulguei, estamos todos em processo de adaptação para sempre lembrar de falar olhando para ela. Estou super feliz. beijos

    • Avatar photo laklobato disse:

      Você não precisa OLHAR pra ela sempre, só estar com o rosto virado pra ela e os lábios sempre visíveis. Parabéns pela contratação.. Beijocas.

  20. Simone disse:

    Uauuu, Renata! Parabéééns! Tbm fico super feliz! 😀

  21. Diana disse:

    Lak, isto já me deu um trabalho uma vez aqui na Procuradoria… Peguei um procedimento que era contra uma organizadora de concurso público… Como envolvia deficientes, o meu chefe já passou pra mim, né????? Aí, eu deitei e rolei… Fiz uma recomendação pra organizadora lá… A queixa do povo era q os fiscais tavam constrangendo pessoas inscritas no concurso como deficientes a retirarem suas próteses auditivas durante a prova… E sob o argumento de q estas pessoas não assinalaram a opção de que necessitavam de auxílio especial durante a prova… Acontece q as opções de auxilio eram leitor, tradutor, leitura labial, intérprete de libras, estas coisas… Então as pessoas simplesmente pensaram que o uso da prótese estava implícito… Óbvio né????? Mas deu um trabalho pra explicar ao meu chefe quem nem todo surdo sabe ou entende LIBRAS, isto porque ele trabalha comigo… Eu tive que ser curta e grossa com ele… Eu falei… “Olha… Se me tirar meu aparelho, eu sou meia pessoa… Nem sempre a situação permite uma boa leitura labial… E se eu não escutar, não consigo me comunicar… E não adianta intérprete de libras pra mim não… LIBRAS pra mim é japonês… Se o intérprete quiser, ele me xinga em LIBRAS que eu ainda vou agradecer…” E mesmo assim demorou pra ele se convencer e entender q as necessidades de um surdo oralizado eram outras…

    • Avatar photo laklobato disse:

      Pois é… acabei de saber que querem OBRIGAR todo e qualquer deficiente auditivo a ser fluente em LIBRAS? Acho isso uma agressão contra nós, sinceramente!
      Beijos

  22. Ewerton Luiz disse:

    Também faço concurso público, como a recomendação é para desligar qualquer tipo de eletrônico, sempre pergunto se tenho que desligar meus aparelhos e as informações são desencontradas, sei que não há o que discutir portanto desligo os dois o que para mim é uma maravilha, pois o silêncio é total.

    O que complica um pouco é saber a hora, para ter um maior controle do tempo, sempre chamo a atenção dos fiscais para que coloquem no quadro de aviso o tempo restante, mas sou ignorado, então tenho que fazer sinais (que os deixa irritados pois quem não houve sou eu…) perguntando as horas.

    Um fato engraçado aconteceu no último concurso, como tenho rinite alérgica uma semana antes tive uma crise insuportável de tosse, algo irritante mesmo, quase desisti se não fosse pela intervenção de pessoas conhecidas, pois não seria isto a me impedir além de atrapalhar os outros(!!!), minha chance aumentaria bastante…(hehehehe) maligno não?

    bye!

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