Causozinho da Jovenzinha Surda

Pessoas, tive um probleminha ontem a noite, dormi muito tarde, acordei mal e tive uma reunião chatíssima agora cedo, que nem sei honestamente se era pra eu ir hehehe

A critividade hoje não é das melhores. Mas, como amo esse blog, não poderia deixá-lo sem post. Mas, pra não ficarem decepcionados com a qualidade nem um pouco informativa do post de hoje (comparado aos anteriores, pode ser bem gritante a diferença), já aviso que é apenas uma historinha bobinha e engraçadinha dos confins da minha adolescência. Espero que gostem o suficiente pra não ficarem frustrados de entrar aqui hoje. Haha

Era o verão de mil novecentos e guaraná com rolha (não lembro o ano exato, mas faz tempo) e, naquela  noite, seria o reveillon.
Sabe como é brasileiro. Ano Novo? A gente vai pra praia. Enche-se se de sol, sal, areia, água de coco, picolé. Escolhe uma roupa branca, compra calcinha/cuequinha nova (amarela, pra trazer dinheiro / rosa, pra trazer amor /  verde pra trazer saúde). Faz estoque de champagne, de uva branca. Come lentilha e farofa. E o escambau. Não porque a gente seja superticioso. Mas porque a graça da festa é justamente seguir um monte de rituais sem lógica nenhuma, mas que faz a gente feliz, bem feliz.
Naquele ano, como era de praxe na minha adolescência (e na verdade, até bem pouco tempo atrás) a gente foi pra Saquarema, litoral carioca. E, aquela cidade pequena, ficava apinhada de gente nessa época do ano. O comércio fervilhava a pleno vapor.

De cima pra baixo: Saquarema vista da lagoa, vista da praia e mirante onde a lagoa e o mar se encontram. Fonte: Google

De cima pra baixo: Saquarema vista da lagoa, vista da praia e mirante onde a lagoa e o mar se encontram. Fonte: Google

Dia 31 de dezembro e eu, minha mãe e a KK, minha melhor amiga, estávamos sentadas numa sorveteria, dessas que vende sorvete a quilo, curtindo o calor e as últimas horas do ano. Nisso, minha mãe se levanta, pra pegar mais um pouco de sorvete – ela pega de pouquinho em pouquinho, mania dela, mesmo que signifique pegar sorvete 200 vezes – na mesma hora que o namorado da minha irmã se senta na nossa frente.

Tentando puxar conversa, perguntei pra ele:
– Que roupa você vai colocar hoje à noite?
Ele me olhou com uma cara de deboche (de quem pensava “ô papinho futil, hein?”) e disse:
– Roupa é perda de tempo, vou passar o ano novo peladão!
Eu e a KK começamos a rir e eu falei – fazendo jeito de criancinha:
– Oh, estou chocadíssima! Você vai passar o ano novo pelado? De genitália desnuda? – Não falo tão difícil assim, tinha lido isso numa tirinha do Geraldão, do Glauco.
E ele:
– É! De genitália desnuda!!
E a gente continuou rindo dessa bobagem, até minha mãe voltar e perguntar do que a gente ria.
Fiz um resumo:
– Perguntei pra ele com que roupa ele vai passar a virada do ano.
E ela fez um “humm” mais interessado no sorvete do que na conversa.
Completei:
– E ele disse que vai passar a virada de genitália desnuda… – E a gente olhou pra ela, esperando que ela risse. Mas, em vez disso, ela respondeu:
– Mas, o que tem demais ele passar o ano novo de sandália e bermuda?
E viveram todos felizes (e rindo) para sempre!

Hihihi

Mó roteiro pra Praça É Nossa, né?

Beijinhos

Lak

19 Resultados

  1. Rogério disse:

    Você se auto-subestimou. Achei delicioso seu “causozinho”.
    Lak, deu zebra na minha ida para SP este fim-de-semana. Por incrível que possa parecer, o mais difícil eu consegui, que foi uma vaga no avião. Mas não estou bem estes últimos dias, consequência ainda do tratamento que fiz, e achei melhor permanecer por aqui. Um beijo.

    • Avatar photo laklobato disse:

      Ah, Rogerio, que pena!! Seria bãodimais.com.br te conhecer pessoalmente!! Mas, saúde vem em primeiro lugar. Fica ai, se cuida e, quando houver outra oportunidade, você vem pra Sampa, conhecer a galera de blogueiros e jairistas (hahaha).
      Beijinhos e melhoras.

  2. Bia disse:

    Eu não tenho essas surperstições de fim de ano não, para mim é um dia como qualquer outro. Mas romper o ano peladona eu nunca pensei nisso não, será que é legal?? 😀

    Beijão pra tu!

  3. Evandro disse:

    Gostei do “causinho”, vc tem uma maneira muito especial de escrever. E é por essas que passo aqui diariamente.
    Parabéns! 😀

  4. Aldrey disse:

    Oi Lak!!eu tenho q passsar de branco,alguma peça tem q ter,e claro qnd se passa acompanhada já viu,acaba sem roupa mesmo kkkkkkkkkkk 😳
    bjs

  5. Flávia disse:

    AHAHAHAHHAHAAHAHAH JURO QUE EU RI!

  6. Flávia disse:

    não foi pior do que:

    descobriram a função da canela: achar móveis no escuro!!!

  7. Juca Jardim disse:

    “sandália e bermuda”???… 😀

    eita que eu sempre comprava o Geraldão! 😛

    http://www.lpm-editores.com.br/v3/livros/layout_capitulo2.asp?LivroID=703328

  8. Mas o seu causo é bom demais da conta, eu mais o Chico Sequóia tamo aqui rindo. Inté me fez lembra de um parecido do seu Ambleto. Perguntaram pra dona Azeitonina, que horas tinha e ela respondeu: São novoras. Eles fala tudo ansim, juntando as letra, coisa deles lá dos Detrás dos Montes. Daí seu Ambleto, muito sério, interrompeu a conversa e falô ansim: não Azeitonina, tu estás enganada, são novoras. Vai sabê o que ele tinha entendido não é mesmo? Beijim

  9. Maíra disse:

    Cara, nem vc acordando mal humorada e tendo problemas no dia vc consegue sempre ser gozada nas histórias!!!

  10. CAROL disse:

    ahiuaiua
    boa história!
    abs! 😛

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