Segunda Chance: The Hearing Dog’s Project

A roupinha diz: Cão Ouvinte em Treinamento - Trabalhando. O fone de ouvido foi exigência do próprio Lupito, que compreendeu isso como isso como om "ouvinte" do nome.

Recentemente, vi várias reportagens sobre ampliação de projetos de cães guias, que até ano passado, eram apenas 60 no Brasil. Um absurdo, num país que tem, segundo o censo de 2000, 16,6 milhões de deficientes visuais, dentre os quais 150 mil declararam-se cegos. Não estou a par do Censo de 2010, não sei se houve perguntas sobre deficiência visual no questionário. Sei que de deficiência auditiva, não havia nada.
E, ao ver essas noticias, fiquei feliz por meus amigos DeVis, mas reconheço que meu coração sentiu aquela pontinha de aperto de perceber que ainda não existe nenhum projeto de treinamento para cães ‘cuidadores/acompanhantes’ de surdos, chamados de Cães Ouvintes ou Hearing Dogs. (se quiser saber mais, clica ali).
Mas, dizem que quando a gente pede algo aos deuses (sou hinduista!) com vontade, nossas preces são atendidas e, recentemente, recebi um email de um Cinotécnico e Consultor Comportamental que tem o interesse de trazer esse treinamento para o Brasil.
Marcamos de conversar, para me contar do projeto e eu falar um pouco sobre deficientes auditivos.
Da parte do projeto, ele me contou que o treinamento é relativamente simples, comparado ao treinamento dos cães guias. Leva em torno de 8 a 12 semanas (com até 6 meses de treinamento), conforme as necessidades do surdo (porque todo o treinamento é feito em cima do que o dono precisar). Também soube que, este projeto específico, é uma experiência de ajuda mútua, porque os cães treinados por eles são cães que estão disponíveis para doação, chamado Projeto Segunda Chance. Como o treinamento é bem mais simples, qualquer cão, de qualquer idade, raça (ou falta dela) e tamanho pode ser treinado para ser um cão assistente de surdos.
Da minha parte, expliquei que seriam necessários dois treinamento distintos: para obedecer comandos de voz (no caso dos oralizados e deficientes auditivos de menor grau, que queiram um cão treinado) e para obedecer comandos manuais (para surdos sinalizados/usuários da Libras). Falei de algumas dificuldades que eu tenho no dia a dia, como por exemplo, poder ficar sem aparelho em casa, mas me preocupar com a campainha ou o interfone tocarem. Ou que não ouço o despertador (tem opção em vibracall, né? Mas acabo usando o celular dentro da fronha). Ou que me preocupo de não ouvir o alarme de incêndio, caso esteja sozinha em casa. Enfim, são coisas que a gente acaba sendo privado no dia a dia, mas que a maioria das pessoas nem percebe essa dificuldade que podemos ter…
Por enquanto, o projeto está em andamento e os cães ainda não começaram a ser treinados. Se quiser conhecer mais sobre o trabalho do Nucleo Pet.
Mas aproveito para perguntar: se você (deficiente auditivo ou que convive com um D.A.) pudesse ter um cão assistente, o que acha que gostaria que ele fosse apto a te ajudar?
Vou divulgando conforme tiver informações sobre o andamento do projeto, ok?!
Beijinhos sonoros
Lak

22 Resultados

  1. Larissa disse:

    Oi Laaak, como tava te falando, não tinha conhecimento destes cães, nunca nem parei pra pensar que essas necessidades que você falou, por exemplo, poderiam ser compensadas por um cachorro. O projeto tem uma das maiores vantagens em relação ao treinamento de “cães videntes”, o cachorro pode ser de qualquer raça, isso facilita muitoooo, podemos tirar vários cães abandonados em abrigos, não é? Vamos torcer pra dar certo. Beijos

    • Avatar photo laklobato disse:

      Larissa, pois é… qualquer cão, de qq idade…
      Algumas entidades dão preferência a determinadas raças, mas não são todas. E esse projeto, especificamente, visa inclusive tirar os cães de abrigos.
      Beijocas

  2. Deni disse:

    Bem interessante o projeto. Com certeza eu adotaria um!
    Mas olha, os bichinhos são muito inteligentes e por si só eles percebem nossas dificuldades. Tive uma gatinha SRD (vulgo, vira-lata), ela viveu 9 anos conosco e quando eu estava sozinha em casa e sem o aparelho auditivo, a danada sempre me avisava da campainha da porta, interfone, celular e telefone tocando, era impressionante; nunca dei treinamento para ela, era instinto mesmo!
    Também lembro que anos atrás conheci um casal de surdos sinalizados; a casa deles tinha suas adaptações para campainha da porta, tipo luz piscando entre outras coisas que não me recordo no momento, mas o melhor era ver a cachorrinha do casal, uma yorkshire, que avisava eles de algum barulho, tipo morder e puxar eles em direção a porta.
    Eu achava maravilhoso e claro a cachorrinha não latia… hehehehe…
    bjks

    • Avatar photo laklobato disse:

      É verdade, eu tive um cachorro que tb percebia dessas coisas… Ele notou rapidão que eu não ouvia e não latia pra mim, me dava umas cabeçadas hahaha
      Beijocas

  3. Maíra disse:

    Lak,
    antes de responder sua pergunta, já atencipo que no Censo de 2010 teve sim perguntas sobre deficiência abordando em termos de incapacidades de realizar tais atividades – do mesmo modo que a ONU faz. Logo houve uma padronização do questionário. Então em breve sairá, sim, quantos def. auditivos existem no Brasil e quantos são realmente incapazes de ouvir.

    Gostaria de contribuir para este núcleo, tenho interesse. Para mim ajudaria no que vc falou (telefone, alarme dentro de casa – já deixei vários de plantão atrás da minha porta por conta disso) e também de carro na rua. Direto eu me distraio ou não ouço o carro buzinar ou coisa do tipo. Na rua tb, se eu estou sozinha, tb não escuto.

    beijinhos

    • Avatar photo laklobato disse:

      Valeu, eu não sabia, mesmo porque EU não respondi nada quanto a isso, quando respondi a pesquisa do Censo.
      E obrigada por responder a pergunta hehehe
      Beijos

  4. Rogério disse:

    É estranho, uma recenseadora esteve lá em casa e nada foi perguntado sobre a existência de pessoas com deficiência em minha casa. Toquei no assunto e ela me disse que essa questão não fazia parte do questionário. Fiquei surpreso com a informação da Maíra, porque, imagino, a orientação tenha sido para todo o território nacional.
    Mas, vamos lá: nas pesquisas que fiz há cerca de um ano sobre cães guia, descobri que eles não são utilizados somente no apoio aos deficientes visuais, contemplando, também, os auditivos, as pessoas acometidas de AVC, dentre outros. Só não sabia que podia ser de qualquer ou nenhuma raça, porque para os visuais dá-se a preferência ao labrador (deve haver algum motivo).
    Não quero estragar seu dia, mas achei hoje esta matéria aqui: http://invertia.terra.com.br/terra-da-diversidade/noticias/0,,OI5134995-EI17840,00-Entre+deficientes+auditivos+mulheres+ganham+menos+que+homens.html
    Beijos

    • Avatar photo laklobato disse:

      Acho que pro caso dos cães ouvintes, usa-se muito o instinto natural do animal… mas, no caso de cães guias, realmente é restrito a algumas raças.
      Sobre a noticia que vc me mandou, vou ali me matar e já volto.
      Beijos

  5. Maíra disse:

    Você não respondeu pq a pergunta de deficiência está no questionário da amostra. O Censo possui 2 partes: o censo (propriamente dito) e a amostra (uma imensa amostra). É um dos poucos países que adotam essa metodologia por conta da extensão territorial. A amostra é tão grande que é muito bem representada. Há pós e contras.
    Mas, enfim, a parte de deficiencia está lá. 🙂

  6. zuleid disse:

    Independente de quem seja(m) nosso(s) Deus(es), tenho certeza que ele(s) ouve(m) nossas preces! A prova disto são os animais que mesmo sem treinamento entendem as necessidades dos donos! Só acredito que os gatos também se prestam a isto e eu tenho uma prova em casa!
    Quando minha neta mexia(!) no berço o Pisco vinha rapidão na sala e nos puxava pela manga ou pela barra da calça prá ver a Mila.
    A minha gatinha SRD(Mia) e meu gato SRD (Dino) são não falam a nossa língua mas comunicação é com eles!
    Bjs
    E bom Domingo!

  7. SôRamires disse:

    o censo para deficientes foi feito por amostragem não fez parte de todos os questionários,
    no meu caso por pura sorte pude responder sobre deficiência, a recenseadora ficou muito feliz porque fui a única que ela entrevistou que tinha deficiência. 😛

  8. Mariana disse:

    Muito bacana esse projeto! Eu tinha ouvido falar sobre hearing dogs no blog da Paula, se não me engano. Acho que no meu caso, quando eu tiver sem aparelho (e sem IC), só tem que me avisar do interfone, da companhia mesmo e do ‘celular-despertador’ (mesmo eu colocando dentro da fronha, às vezes não me acordo e perco a hora! OU pior, DESLIGO e caio no sono… eu fazia muito isso, mas agora que regulei o sono, tem melhorado e tem vez que acordo cedo sem desp. =]) Mas esses cachorrinhos (e gatinhos tb!) têm uma sensibilidade incrível mesmo! E poxa, quinta passada, vi um grupinho de cachorros SRD atravessando a faixa de pedestre em Salvador! Nhow… Já vi algumas vezes aqui na minha cidade, só um cachorrinho, mas vários juntinhos? Fofo demais!

    Bjao

  9. Ana clara disse:

    Nossa Lak ia ser uma mão na roda um cãozinho assim rsrrs o que eu mais sinto falta é de ter alguém q me avise do telefone celular, interfone e de quando alguem bate na porta… são sons q não consigo captar mesmo com os dois aparelhos; outra coisa que iria amar é se ele me avisasse que meus filhos estão brigando enquanto faço janta, porque definitivamente não da pra cozinhar com meus pequenos gritando na sala e eu sem saber oq esta acontecendo rs. Bjos 😛

  10. Crisaidi disse:

    Lak, adoro cães! 🙂 Eles são especiais, trazem alegria, dão equilíbrio na família (eles não gostam de briga nem de gritaria!), a gente dorme melhor, as crianças crescem melhor e desenvolvem mais auto-estima…
    Rogério, o que você sente sobre a diferença de salários devido a sexo, cor, idade…
    É incrível! 🙁 🙁 No mundo inteiro a mulher (em geral!!!!) trabalha mais e ganha menos! Além da TPM… ah!!! Fomos compensadas com uma vida um pouquinho mais longa – merecemos!
    Eu estou no time dessas ‘Maravilhosas’, modéstia a parte. Meus filhos, minha mãe, meu marido e os mais chegados são testemunhas.
    Mariana, eu uso dois despertadores: um rádio-relógio começa a tocar música 15 minutos antes de um a pilha tocar aquele ‘titi-titi-titi’ irritante.
    Porque já desliguei e voltei a dormir muitas vezes, o irritante fica longe da cama. Antes que ele toque e me irrite, eu tenho 15 minutos de música para me espreguiçar…
    Raras as vezes que o ‘titi-titi-titi’ toca – apenas quando durmo bem pouco ou estou muito cansada.

  11. Lívia disse:

    OI Lak!
    Sobre o Censo, também nao chegou até mim a amostra sobre deficiência… Achei mal orgganizado, na verdade. Isto deveria ser feito em todas as coletas.
    E o cachorrinho, tenho uma basset q só falta falar… ela late qdo toca a campainha, qdo ouve algum barulho, e vai me chamar. Late duas vezes e eu pergunto ” o que é?” e ela late de novo duas vezes e eu já sei qdo é a campainha tocando.
    Mesmo tendo a campainha luminosa, ainda nao consegui identificar o som da mesma, entao, qdo nao vejo a luz piscando por estar em outro cômodo da casa, ela vai me chamar… e ainda tem outros lances de me ajudar… muito fofa ela.
    Também tenho o despertador vibratório da Koller, pois nanar com o IC ligado nao dá mesmo, né? O celular no vibracall uso mais em viagens. Mas ainda assim, tenho receio de perder hora qdo estou cansada demais.
    Se alguem tiver outra sugestão para despertar…
    Saudades e gd abraço! 😉

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