10 de Novembro: Dia de Prevenção e Combate à Surdez

Falar sobre o dia de prevenção a surdez, traz à tona um grupo de pessoas com deficiência auditiva que, na minha opinião, é o mais difícil de conversar: os adultos e idosos que perdem a audição súbita ou progressivamente.

Seja por motivos de saúde, fatores genéticos ou exposição excessiva aos ruídos do cotidiano, a perda auditiva da população aumenta tão gradualmente quanto o avanço da idade.

Enquanto muito se fala sobre a importância da detecção precoce da surdez, para evitar o prejuízo no desenvolvimento da linguagem na infância e, por consequência, minimizar o impacto desse atraso na vida adulta.

No entanto, entre a população já adulta, que perde a audição com a idade, o mais difícil não é a linguagem, uma vez que já está desenvolvida, mas reconhecer a perda, reconhecer a necessidade de ajuda e aceita os possíveis auxílios tecnológicos.

Geralmente percebida primeiro por aqueles que convivem com a pessoa que apresenta perda auditiva, os fatores que podem indicar essa perda costumam ser:

  • Dificuldade de compreensão em ambientes barulhentos: a pessoa se isola em festas de família e conversas em grupo
  • Aumento significativo do volume da televisão/rádio
  • Solicitação que repitam o que foi dito com frequência
  • Pedir que fiquem sempre do mesmo lado durante uma conversa.
  • Alterações no volume e ritmo da voz, sem causa aparente.
  • Irritabilidade por falta de compreensão da conversa.

Esse e outros fatores, quando observados em conjunto e resultantes de uma mudança repentina de comportamento, podem ser um indicativo de perda auditiva e necessidade de buscar auxílio de profissionais especializados em audição: Médico Otorrino e Fonoaudiólogo.

A perda auditiva é um dos principais causadores de depressão, isolamento e distúrbios cognitivos na terceira idade, segundo pesquisas apresentadas pela OMS.

Porém, a maior dificuldade não está na observação da perda ou de diagnóstico preciso. Mas na vergonha que adultos e idosos costumam ter de utilizar próteses auditivas. Já que muitos relacionam deficiência com incapacidade e/ou invalidez.

É importante que a sociedade passe a ver a busca por recursos que melhoram a qualidade de vida, como é o caso dos aparelhos auditivos como uma decisão consciente e louvável, já que a pessoa aceita um apoio que pode representar a contínua participação na vida social que sempre teve.

Se você perceber que tem tido dificuldade de ouvir ou convive com alguém apresentado sintomas, não tenha medo de buscar ajuda. Pessoas fortes são aquelas que reconhecem suas fraquezas e buscam formas de amenizá-las, não aquelas que permanecem em constante negação.

Beijinhos sonoros,

Lak Lobato

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